Jazz Collection Plus – #6 – Amy Winehouse e Michael Blublé
Nesta edição do Jazz Collection Plus, o seu ponto de encontro com a música e informação de qualidade aqui na Rádio Social Plus Brasil. Bora pra mais um super programa que vem recheado de muito conteúdo e música boa para você curtir quando e onde quiser. Para esta edição, vamos trazer as personalidades mais recentes do mundo do jazz e que marcaram e continuam levando o seu legado musical por aí afora.
Amy Winehouse
E vamos começar falando desta grande personalidade que chegou abalando as primeiras paradas das principais rádios com seu timbre singular e as suas melodias contagiantes. Amy Jade Winehouse, de Chase Farm Hospital, Enfield, Reino Unido, para todo o planeta Terra. Uma pequena fã de jazz que começou a trilhar sua carreira artística no teatro, mas logo se deu conta que a música era o seu destino.
Filha de uma família judia, ela fundou a banda de rap “Sweet ‘n’ Sour, as Sour” aos 10 anos, onde dava indícios do seu caminho na black music. Seis anos depois, Amy se apresentou cantando e tocando guitarra elétrica em pequenos bares e pubs junto ao seu amigo Tyler James, que foi muito importante para sua virada de chave. Porque foi com o apoio dele que ela, então, decidiu enviar algumas fitas demos com composições próprias para a gravadora Island Records e com isso, despertar a atenção dos produtores musicais, fechar um contrato em 1999 e lançar o seu primeiro álbum, intitulado Frank, em 2003, com o qual no ano seguinte ganhou um Grammy pela faixa “Stronger Than Me”.
Após fazer muito sucesso no Reino Unido com seu primeiro disco, Winehouse não perdeu tempo e na sequência, lançou seu segundo álbum de estúdio: “Back to Black” e foi através dele que ela definitivamente, se é que podemos dizer assim, conquistou o mundo todo em 2006, com a sua música ícone, “Rehab”, que vendeu milhares de cópias e a fez ser considerada uma das mulheres mais influentes do século XXI. Sobre esta faixa, considerada a canção-assinatura de Amy, ela deriva de origens estilísticas de R&B contemporâneo, com notáveis influências do soul e do jazz muito tocado lá nos anos 1960, assim como de alguns grupos femininos da época. Liricamente, a faixa relata a insistência de seus empresários para que iniciasse inicie um tratamento contra o seu consumo compulsivo de álcool, enquanto ela apresenta as justificativas de sua recusa.
“Rehab”, o single que a fez alcançar o estrelato e a atenção do mundo tanto para a sua carreira musical quanto para a sua vida pessoal, que sofreu muitos altos e baixos. Isso porque em 2005 ela começa a, de fato, a abusar do álcool e da cocaína e assim, cai em uma severa depressão. Dois anos mais tarde, casa-se com Blake Fielder, com quem teve bons e não tão bons momentos assim. Após ser presa por posse de entorpecentes, os dois se divorciam em 2009 após Blake acusar Amy de infidelidade durante o tempo em que ele esteve na prisão.
Com o fim do relacionamento e convivendo com a pressão do sucesso, Amy começa a abusar do uso de drogas e passa a ser vista publicamente sempre com uma aparência devastadora, causando preocupação nos fãs. Seus shows são cancelados devido às inúmeras internações em clínicas de reabilitação. Em 23 de julho de 2011, a cantora é encontrada morta em seu apartamento devido à intoxicação por álcool. Uma grande perda para o jazz, para o soul e para outros gêneros que a cantora bebeu da fonte para rapidamente atingir as primeiras paradas e infelizmente sucumbir diante dos seus vícios.
Michael Blublé
Agora, vamos mudar um pouco a vibe por aqui e apresentar o nosso outro “convidado” desta edição? Ele é Michael Steven Bublé, um dos cantores e compositores de maior sucesso. De Burnaby, no Canadá, ele teve muita dificuldade lá atrás em conseguir contrato com alguma gravadora.
E para começar a garimpar boas oportunidades, cantou durante os anos 1990 em casas noturnas antes de ser contratado, em 2001, por David Foster, considerado um dos maiores nomes na produção musical nos EUA e que já produziu artistas como Shania Twain, Andrea Bocelli, Mariah Carey e até Michael Jackson. E esse contato dos dois foi bem curioso, porque o Bublé o conheceu enquanto cantava em um casamento e na ocasião, ele pediu uma oportunidade para gravar uma demo.
Na época, sem acreditar muito no potencial do cantor, Foster pediu a ele uma quantia de U$ 50 mil para gravar cinco músicas. E não é que o Michael conseguiu juntar toda essa grana? Nisso, ele procurou o produtor, que agendou uma reunião entre os dois e o presidente da Warner, que quase o recusou. Sabe por quê? Porque ele perguntou ao Bublé o motivo que ele deveria contratá-lo quando tinha Sinatra em seu catálogo e o artista canadense não titubeou e respondeu que, diferente de Sinatra, ele estava vivo e, assim, ganhou seu contrato.
E então, com seu álbum de estreia homônimo, de 2003, Michael Bublé fez um relativo sucesso, alcançou o Top 10 no Canadá, Reino Unido e Austrália, mas estourar nas paradas de fato só aconteceu em 2005, com o hit “Home”, de seu segundo álbum de estúdio, “It’s Time”.
“Home”, uma canção que o fez alcançar a fama e milhares de fãs por todo o mundo e mais tarde, o primeiro lugar no Top 200 da Billboard com o seu terceiro e quarto álbum. Agora, tem um detalhe bem curioso sobre ele e a sua relação com o jazz. As canções comemorativas de natal sempre foram uma grande paixão de Michael Bublé, que em 2011 lançou seu álbum “Christmas” e esse trabalho ficou em primeiro lugar como álbum mais vendido no mundo por cinco semanas consecutivas naquele ano.
O casal tem três filhos: Noah, Elías e Vida. Em novembro de 2016, o casal anunciou que Noah foi diagnosticado com câncer no fígado, o que fez o cantor dar uma pausa na carreira para cuidar de seu primeiro filho. Mas em novembro de 2018, ele lançou o seu último álbum até então, intitulado “Love” e desde 2019 segue com a sua recente turnê: An Evening with Michael Bublé, que foi pausada devido a pandemia do Coronavírus.
Produção e apresentação: Leandro Massoni
Direção: Cleber Almeida